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domingo, 19 de dezembro de 2010

MUSEUS: MECANISMOS DE SUSTENTABILIDADE

Museu dos Brinquedos de Portugual
O museu hoje busca uma autonomia financeira. Pensa em como conquistar público cativo, recursos financeiros de longo prazo e marca reconhecida. Pensa em profissionalizar sua estrutura interna com capacidade e mandato para construir sustentabilidade. Mas para isto, sua estrutura precisa estar apta a responder ao novo contexto do setor cultural no Brasil para gerar o real desenvolvimento institucional almejado pelas instituições museológicas.   
Museu do Ipiranga


Com isso, é ainda mais importante que os museus desenvolvam mecanismos de sustentabilidade, ou seja, a criação de atividades econômicas que garantam uma margem de lucro que por sua vez arque com as ações deficitárias empreendidas. O exemplo mais corriqueiro de uma ação geradora de receita é a cobrança de bilheteria para a visitação de um museu ou centro cultural. A venda de souvenires em quiosques e lojas é outra atividade econômica muito freqüente. O aluguel do espaço para festas e cerimônias e a realização de eventos corporativos é cada vez mais comum. Mas é através de patrocínios privados, em sua maior parte apoiados nas leis de incentivo à cultura, ou seja, com recursos originários da renúncia fiscal do Estado, que muitas organizações estruturam seu equilíbrio econômico.  Exemplo disso são os usos dos espaços dos museus para eventos diversos como o que houve no Museu de Arte Moderna com o desfile de Isabela Capeto, no Museu do Ipiranga com a Cavalera, no Museu da Língua Portuguesa com desfile de moda para pessoas deficientes e também as comemorações de aniversários que, de uma maneira diferente, vem alugando os espaços para festas infantis, como no Museu dos Brinquedos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ESTRATÉGIAS DOS MUSEUS PARA AUMENTAR RECEITA

Você já deve passado por isso: acaba de ver uma exposição e, na sequência, encontra uma lojinha com uma infinidade de produtos relacionados ao tema. Mas nem só de reproduções de obras de arte, agendas e calendários vivem as lojas de museus. A palavra é diversificar e este é um caminho que grandes museus de Nova York e da Inglaterra estão seguindo para aumentar a receita e fazer com que o visitante prolongue a experiência que acabou de ter. Vale até alugar as galerias para festas, jantares e reuniões.

O programa Mundo SA da Globo News foi a Nova York mostrar as estratégias do MoMA e do Guggenheim, e ao Reino Unido, nos museus de Londres e de História Natural: desde marcas licenciadas, peças de designer, aluguel de galerias para festas e eventos, até os cafés e restaurantes, mais diversificados e sofisticados.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

TURISMO E MUSEUS UMA ESTRATÉGIA PARA A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

De forma semelhante ao que ocorreu nas últimas décadas do século 20, o turismo vem passando por grandes transformações. No âmbito internacional, é o setor da economia que mais se expande. Também no Brasil, o mercado turístico cresce e se diversifica quanto à oferta de serviços e de atrações, beneficiando-se das facilidades de comunicação e de deslocamentos do mundo moderno, que possibilitam a multiplicação de viagens segundo um sem número de interesses.
Viaja-se cada vez mais, e toda a viagem, mesmo que não tenha o deleite como objetivo, pode ser cultural e turisticamente melhor aproveitada, desde que o lugar ofereça atrativos dessa natureza. Afinal de contas, todo o turista é um cidadão exercendo seu direito de ir e vir e de usufruir cultura. Por sua vez, o turismo cultural é compatível e comprometido com o fortalecimento da identidade, a preservação da memória e do patrimônio cultural em lugares de destinação turística.
O turismo cultural se viabiliza, em grande parte, através da interpretação planejada e realizada junto com a comunidade e que deve ser também a melhor anfitriã de seus visitantes. Assim, o lugar, além de se expor naturalmente à apreciação do público, pode falar sobre si mesmo e explicitar sua identidade utilizando-se de diferentes fontes de conhecimento e formas de comunicação, o ambiente interpretado convida e facilita ao visitante chegar mais perto, experimentar, interagir, conhecer, aprovar ou criticar a dinâmica cultural daquele contexto. E a instituição museu entra dentro deste cenário, não é mais sinônimo de coisas velhas.

domingo, 5 de dezembro de 2010

AS PESSOAS PROCURAM OS MUSEUS PARA QUÊ?

Bem... de fato vivemos numa época em que a cultura passou ao primeiro plano de debates e de atenções de vários segmentos da sociedade. As estatísticas mostram uma súbita proliferação de museus no mundo todo. E se percebe uma gradual substituição do caráter elitista do museu para um caráter de massa. A massificação dos museus como um local conservador e elitista ou como um lugar de memória do poder, dá lugar, ao museu como cultura de massa, como um espaço-espetáculo.

A gradativa adoção de características de shopping centers e a relação, cada vez mais evidente, entre museus e publicidade, evidencia a supremacia crescente da forma sobre o conteúdo, por exemplo, a ênfase dada a arquitetura escultural dos novos museus em detrimento da divulgação dos acervos.
Sem dúvida nenhuma, que há uma sensibilidade, em se notar que o novo museu e sua práticas de exposição correspondem à mudança do próprio perfil dos freqüentadores. O público, quer cada vez mais, ver um espetáculo.
E as pessoas procuram os museus para quê? Por incrível que pareça, em pesquisa recente obteve-se as seguintes respostas:
  • preencher o tempo
  • proteger-se do mau tempo
  • procurar inspiração
  • saciar uma curiosidade ociosa
  • satisfazer a fome de conhecimento
  • educar crianças
  • estar na moda
  • passar o tempo com a família e os amigos