O MUSEU PAULISTA, mais conhecido como
Museu do Ipiranga, como uma instituição cultural de longa vida, foi sendo
transformado e adaptado às circunstâncias dos momentos. No transcurso do tempo,
os prédios passaram por transformações arquitetônicas, modificações internas,
adaptações necessárias para os novos programas de uso. No texto de Raquel
Glezer (2003), cita as diversas modificações sofridas ao longo do tempo, com
decorações colocadas ou alteradas; o acervo diversas vezes dividido e
remanejado; o entorno também foi alterado pelo crescimento urbano, pelas
transformações nos meios de transporte e nas técnicas construtivas; as
condições ambientais e climáticas também.
Apesar de todas as transformações de
perfil museológico do Museu Paulista, na atualidade ele ainda não é um museu
para o cidadão, ou seja, mesmo estando localizado em um bairro de ocupação e
urbanização posterior à construção do Museu, que serve de elemento identitário
aos moradores, bairro que foi industrial e operário, nada nele indica tal relação;
e das transformações por que passou e passa, os atores sociais apresentados são
outros. O museu que foi estruturado por uma elite paulista conservadora, para
mostrar uma identidade nacional a partir da veiculação da atuação da elite
política, ainda hoje, mostra a mesma coisa de antes, nenhuma crítica reforçando
a nacional e tradicional estruturação social.
Referências:
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