Os antiquários representaram papel importante
na reforma do método histórico do século XVIII; e, ao longo do século XIX,
tornou‑se
cada vez mais evidente que não havia mais razões para distinguir os estudos históricos dos estudos antiquários.
Quem eram os antiquários? Primeiramente para entender, precisamos saber que os antiquários
coletavam todos os itens relacionados a um certo tema. A noção do antiquarius
enquanto amante, colecionador e estudante das tradições antigas e seus
vestígios – ainda que não um historiador – é um dos conceitos mais caros ao
humanismo dos séculos XV e XVI. Arnaldo Momigliano, no texto História antiga e
o antiquário, cita que alguns autores que tomaram os antiquários em
consideração enfatizavam que os antiquários eram historiadores imperfeitos que
contribuíam com a recuperação de relíquias do passado que eram demasiadamente
fragmentárias para serem chamadas de história. Haviam conflitos entre antiquários e
historiadores, em sua busca por evidências seguras, os historiadores eruditos e
os antiquários foram capazes de esquecer que a história é a reinterpretação do
passado que leva a conclusões a respeito do presente.
REFERÊNCIA:
MOMIGLIANO, Arnaldo. História antiga e o
antiquário. Anos 90, Porto Alegre, v. 21, n. 39, p. 19-76, jul. 2014.
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